Já expliquei aqui várias vezes a minha posição em relação à fé. Sou baptizada, acredito em Deus, falo com Ele quase todos os dias, mas não frequento a Igreja, nem sigo a maior parte dos seus rituais, não me dizem nada. O meu marido tem outro entendimento em relação à religião e segue muitos dos preceitos que a Igreja "dita".
Em relação aos nosso filhos, o mais velho (que é apenas meu filho), foi baptizado com 9 meses (porque eu e o meu ex éramos relativamente novos e a família - toda ela religiosa - "impunha" que se o fizesse) mas, a partir daí, nada mais aconteceu, pois quisemos deixar ao seu critério e ele não quis frequentar a catequese. O miúdo do meio foi também baptizado com 6 meses, neste caso digamos que foi um baptizado "à pressa" porque o meu sogro tinha uma doença terminal e queríamos que ele ainda estivesse em condições de assistir ao baptizado do único neto (na altura). A miúda mais nova, com 5 anos, ainda não é baptizada (com grande mágoa do pai), porque se tem vindo a adiar, ora por uma circunstância, ora por outra. Em princípio acontecerá quando ela para o ano começar a frequentar a catequese.
E este longo texto porquê? Porque o míúdo do meio, por "pressão" do pai (e aceitação dele, porque senão era eu que me impunha) está na catequese neste momento e começam a "impor-se" aqueles rituais que a mim não me dizem nada, mas que somos como que "obrigados" a cumprir. Recebi agora um mail a comunicar-me que no dia X, às X horas, os meninos
e as suas famílias são "convidados" (mais convocados...) a rezar o terço na Igreja X. E é isto que me chateia: para não contrariar o pai, não me opus a que o miúdo frequentasse a catequese, mas agora por causa disso, tenho que acompanhar todos estes rituais que a mim apenas servem para... nada (como já disse, para falar com Ele, não preciso de textos pré-definidos).