Porque os agradecimentos são praticamente sempr os mesmos e porque os desejos são apenas coisas que (cheguei à conclusão) apenas servem para entorpecer. Não se deve desejar. Deve-se fazer. Na hora. Não amanhã, agora.
Foi um ano esquisito. Nem bom, nem mau, antes pelo contrário. Aconteceram coisas boas, aconteceram coisa más, foi um ano de saldo neutro.
O próximo? Não sei. Estaremos cá para ver (assim espero). As coisas a nível financeiro não vão ser fáceis, mas como, desde quase sempre, me habituei a viver com o que temos, já me mentalizei que vai ser uma questão de adaptação a mais um desafio e que só podemos contar connosco próprios para avançar. E o resto, é conversa.
Como dizem os mais antigos, e eles é que sabem, o que se quer é "saúdinha". Porque sem ela, não há dinheiro que nos valha. Essa é que é essa!
Portanto, para quem por cá passa, que 2011 seja um ano repleto de SAÚDE.
na televisão? Terão visto por acaso aquela última imagem que passou na TVI (onde mais) em que aparece uma menina com "para lá de excesso de peso" de costas e em tanga quase fio dental? O senhor do telejornal acabou a dizer aquilo que pensei: "devíamos ter avisado que esta reportagem tinha cenas eventualmente chocantes...". É que tinha mesmo.
Desculpem lá, mas é que há pessoas tão "cagonas", tão "cagonas", que até mete nojo! "Ah e porque me deram isto", "Ah e porque me deram aquilo", "e fui passar férias ali". "e vou passar férias acolá". Bolas! Já sabemos que têm muito dinheiro (ou não, mas isso é outra conversa) para esbanjar. Mas é preciso estar sempre a apregoá-lo?
Chego à conclusão que a Colher de Pau é uma grande fonte de inspiração. Tanta gente (eu também) que seguiu os conselhos dela e ofereceu prendas feitas em casa.
E o gozo que me deu fazê-las e ver/sentir que a pessoas gostaram de as receber? Não há nada que pague esse sentimento.
Fica provado: Se alguma indústria estiver com excedente de um determinado produto, é só lançar a "notícia" de que esse produto está a escassear. É ver o pequeno português a correr às lojas a açambarcar tudo quanto é esse produto (no caso presente o açúcar), mesmo que não tenham falta dele ou que não o utilizem em grande quantidade.
O que me chateia no meio disto tudo é que planeei fazer as compotas e os biscoitos para oferecer no Natal no próximo fim-de-semana e temo não ter açúcar suficiente (porque foi todo açambarcado) para os fazer...
Quem me manda a mim não ser prevenida como os senhores que correram a comprar açúcar que não precisam? Espera... dou um saltinho ali ao país do lado, que parece que lá eles não se assustam tão facilmente e ainda têm açúcar à venda...
Ouvi agora esta frase e fiquei irritada. Irritada porque o Natal não é mais para os miúdos coisissíma nenhuma! Só diz isso quem só consegue ver o Natal do ponto de vista do consumismo.
O Natal é para todos. O Natal não são as prendas que se dão aos miúdos! O Natal não são as prendas, ponto. É muito mais do que isso! São os valores de família, de solidariedade, de tolerância que se transmitem a miúdos e graúdos. É a alegria de termos quem estimamos connosco. É muito mais do que uma árvore de Natal carregada de prendas para pessoas que não lhe dão importãncia nenhuma no dia seguinte.
Quando se fazem afirmações destas, em sites para o público em geral... significa que os valores estão todos trocados. E que vivemos numa sociedade em que o dinheiro está acima de tudo e de todos.
As pessoas que nos estão sempre a tratar por "(Escrever nome próprio)+inha", por "querida", por "amiga", por "amor", são, normalmente, aquelas que assim que viramos costas nos insultam e nos chamam nomes.
por teres estado connosco sempre que foi preciso. Perdoa-nos por não te termos dado tanta atenção quanto merecias. Já pedi ao meu pai para olhar por ti, como um filho.
O costume é montar a àrvore e todos os seus acessórios no dia 1 de Dezembro. Só que aqui a D. Carla gosta de inventar todos os anos. Normalmente acrescento sempre qualquer coisa feita por mim à árvore, e a decoração é sempre diferente todos os anos (não se compra nada do que já se tem, mas vamos variando entre o que existe, para além do que eu e os miúdos fazemos). E este ano, D. Carla, "a artista da corda bamba", resolveu que a decoração ia ser toda feita do zero. E ainda não terminou de a fazer. As cores utilizadas são o rosa, o azul e o branco (não me apeteceu o verde e vermelho, o dourado, o prateado). Já estão terminadas as bolas em tricot. Agora faltam os bonecos em feltro e, eventualmente, as fitas feitas em ponto cadeia de crochet. Tudo nas cores atrás mencionadas. Até ao final do fim de semana conto ter tudo pronto e montado.
7 espelhos mágicos
6 ogrezinhos
5 cebolas... 5!
4 dragõezinhos
Os 3 porquinhos
As 2 botas do Gato
E um burro que canta só para mim!"
O tema da festa de Natal lá da escolinha é o filme Shreck (o ano passado foi a Alice no País das Maravilhas") e os miúdos andam todos a aprender esta música (ainda não deu foi para decorarem o 10, o 9 e o 8...). Acreditem que a música fica coladinha ao cérebro e que é difícil não a cantarolar em qualquer sítio que estejamos...
Dos anúncios a carros caríssimos. Dos anúncios a perfumes com preços exorbitantes. Dos anúncios a brinquedos com preços do outro Mundo. Dos anúncios a roupas com valores estúpidamente altos. Dos anúncios com mesas fartas. Tudo com muita pompa e circunstância. A todas as horas e a todos minutos escarrapachos no ecrân da televisão, nas folhas das revistas ou no som da rádio. Como se todos pudessem comprar qualquer uma daquelas coisas sem dificuldade alguma. Como se vivessemos num país a nadar em dinheiro.
Não gosto. Acho que é desrespeitar quem não tem dinheiro para dar uma prenda que seja aos filhos. Acho que é desrespeitar quem não tem dinheiro para dar uma refeição condigna à sua família. Acho que é desrespeitar que não tem uma cama para dormir. E nos tempos que correm, cada vez são mais estas pessoas.
Ouvir/ler pessoas que vivem em países do Norte da Europa dizerem que quem vive em Portugal não tem o direito (é quase assim que falam) de dizer que tem frio e que onde eles vivem é que realmente está frio.
Pessoas:
Portugal, como sabem é um país de temperaturas amenas. Os países onde vocês vivem são países de temperaturas baixas, mesmo no Verão, também sabemos. Mas nós vivemos no país de temperaturas amenas e, por conseguinte, o nosso corpo está adaptado a essas temperaturas razoáveis. E é por isso que quando o termómetro desce um bocado abaixo do que estamos habituados, nos queixamos do frio, percebem? Eu sei que vocês têm temperaturas negativas todo o Inverno, mas isso é como eu ouvi alguém de Trás-os-Montes ontem na televisão dizer "já estamos habituados ao frio desde que nascemos"... Já eu, desde que nasci, estou habituada a temperaturas baixas, mas não muito.
Por isso, desculpem lá, mas para mim 5 ou 6 graus positivos é muito frio para mim.
Por uma questão de consciência. Trabalho desde os 16 anos. Já passei por muitas dificuldades. Sei o que é não ter dinheiro para comer. Sempre adaptei a minha vida ao vencimento que recebia e recebo. Agora, de repente, vamos ficar sem parte (significativa) do ordenado que nos permite (sobre)viver no dia-a-dia (porque meu marido também vai sofrer cortes salariais). Ficava parada? A olhar para os outros à espera que lutem pelos meus direitos? A dizer mal dos políticos, dos patrões e de quem manda, sem fazer nada para tentar alterar a situação? A dizer mal dos que fazem greve, "porque não adianta nada", porque eles continuam a fazer o que querem"? Não. Era incapaz. Não ficava bem comigo e não é esse o exemplo que quero dar aos meus filhos. Mesmo que isso me custe um dia de salário, que me faz sempre falta.
voltei à minha infância. Jogamos Mikado (o jogo que eu tinha em miúda), jogamos loto (com os números ainda à antiga), jogamos ao peixinho (cartas). E os meus filhos adoraram.
do lisboeta neste caso. Se lhes falarem em Greve Geral, que tem como propósito denunciar as injustiças e as incompetências do nosso políticos, "'tá quieto ó mau". Que "não faz diferença nenhuma", que "não vale de nada", que "eles fazem o que querem". Mas se lhes falarem numa tolerância de ponto, que, essa sim, não tem justificação nenhuma, como podem comprovar todos aqueles que vieram, como eu, trabalhar hoje, aí... aí é que é adesão!
(atendendo a que só hoje é que está visível): Eu preparei post ontem com ideia de o programar para ser publicado à hora a que ela nasceu. Parva como sou, deixei nos rascunhos e não pronto a publicar. Só me apercebi disso hoje quando fui ver e ele não estava lá.
É uma princesa. A princesa da casa (eu sou a rainha, claro!). Não há ninguém que não lhe ache piada, principalmente pelo "despachanço" que ela demonstra. Não se atrapalha com nada e se for preciso ainda ensina os irmãos mais velhos.
Como costumo dizer, ela é "um projecto não anunciado". Não estava prevista. Mas, teimosa como é, tinha que marcar a sua existência e decidiu aparecer, para grande surpresa de todos. E ainda bem. É a menina que faltava. E mais uma vez "mordi a língua" porque muitas vezes disse que só queria filhos rapazes. Mentira. Eu é que não sabia. Esta menina é um presente. Dá muito trabalho, pois dá! Mais que os outros dois juntos. Mas é um doce. E eu adoro-a!
a verdadeira cerimónia de casamento é assim. Nada de "carradas" de convidados, apenas quem realmente importa. Se fosse comigo, apenas acrescentava a minha mãe e a minha irmã.
pelo meu sorriso. Pelas minhas gargalhadas sonoras. Pela alegria manifesta no meu rosto. Agora sou conhecida pelos olhos tristes. Pelo rosto carregado. Pelo silêncio.
É precisar de silêncio (a cabeça parece que vai estourar) e as pessoas falarem, falarem, falarem... Até aquelas que não costumam meter conversa comigo, hoje vêm conversar. Para além dos telefones, da impressora, da fotocopiadora. Até o auxiliar resolveu hoje ouvir rádio (coisa que não tem sido costume nos últimos tempos).
Aos poucos começo a aperceber-me que estou mesmo a precisar de fazer o que a médica do trabalho me disse para fazer. Preciso mesmo de falar abertamente com a minha médica, preciso de ajuda. Porque é penoso sair de casa todos os dias, porque é penoso estar no trabalho todos os dias, porque é penoso andar nos transportes públicos todos os dias, com todo o ruído de fundo, porque é penoso enfrentar os dias, todos os dias.
A minha cabeça está tão cansada. O meu corpo acompanha-a. Estou com vontade de nada. Apenas de fechar os olhos e dormir.
E não é pelas prendas. Até porque já há muito anos que deixei de dar prioridade às prendas que me dão. Isso era quando era miúda.
Espera-se o Natal porque é uma noite especial que eu gosto de passar em família. A grande família. A família ao estilo italiano, com avós, pais, filhos, tios, primos, muita gente reunida à volta da mesa. O bacalhau, as couves, os doces tradicionais caseiros, os risos, as conversas. Disso é que eu gosto. A isso é que eu aprendi a dar valor. E para isso não é preciso ter dinheiro (porque é tudo feito por nós), é preciso ter amor.
Quanto às prendas, coisas feitas por mim têm sido a tónica dos últimos anos. Este ano não vou fugir à regra. Apenas vou sair dessa regra para os meus filhos e esses já sabem que o "Pai Natal" apenas traz uma prenda para cada um (acho um exagero o que os miúdos recebem...).
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória
Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta
Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças
Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Deixei de ver a Casa dos Segredos. Comecei a vê-la, tal como escrevi, para me distrair, por diversão. A partir do momento em que um programa me começa a irritar e a pôr mal disposta por causa de tantas discussões e intrigas, desligo.
para gastar apenas metade do que é permitido na sua campanha eleitoral. Ora para mim, isto é "tapar o Sol com a peneira". O que andou a fazer ele nas últimas semanas, disfarçado de Presidente da República, pelo País, senão pura e dura campanha eleitoral à custa dos dinheiros públicos? Chegámos ou não a vê-lo empoleirado num carro (do Estado, claro), com os braços no ar enquantoa multidão gritava "Cavaco! Cavaco! Cavaco!".
Por favor, Sr. Silva. tenha pelo menos a decência de se manter calado. É que em boca fechada não entra mosca...
Ando tão irritada com tudo e com todos que perco a vontade de escrever. E depois ver algumas pessoas, que se deviam dar ao respeito antes de o exigir, a gozar connosco a toda a força, sem qualquer vergonha... só me apetece é desaparecer para bem longe!
Mas vejo a minha vida a andar para trás todos os dias. É que todos os dias me vem parar às mãos - através de comunicados, através de notícias (rádio, televisão, jornais), através dos meus colegas - novidades das "boas". Todos os dias descubro mais uma coisa que me vão tirar. E como trabalho no mesmo sítio que o meu marido, é a dobrar no orçamento familiar. Qualquer dia estou a pagar para vir trabalhar.
Em França, por causa do regime de aposentações, os franceses já vão no sexto dia de greves (o que seria se fosse por causa das medidas que vão aplicar cá?).Em Portugal, há que diga que não faz greve, daqui a um mês (porquê tanto tempo?), porque isso da greve geral é só para encher os sindicatos de dinheiro(???), esses comunistas e tal e coisa...
Adoro-te! Eu sei que os últimos tempos não têm sido fáceis mas há que confiar. Já passamos por tanto, não há nada que nos derrube. Parabéns! Para mim, és a maior!
Se a EDP é a única fornecedora de energia no país, qual é o interesse da publicidade escarrapachada nos jornais, nos placards de rua, sobre eles serem "os maiores"? Não é deitar o MEU (de todos) dinheiro para a rua?
Diagnóstico: Marcar consulta com médico assistente para arranjar solução para o cansaço e para a tristeza que se vão fazendo sentir por aqui; O electrocardiograma e a tensão estavam mais que normais, ou seja, o coração mecânico está bom, o outro é que está menos bem...; Marcar com urgência consulta de oftalmologia porque, mesmo com óculos, estou a ver muito mal.
Isto tudo sem ter levado o resultado das análises e do Rx (ainda não estavam prontos). Mal posso esperar...
42 anos. Há alturas em que me apetece desistir. Mas depois penso que só tenho que agradecer o ter chegado aqui e ter a oprtunidade de ter aqueles que mais importam na minha vida ao meu lado. E penso no meu pai. Naquilo que ele lutou, trabalhou, para que eu possa comemorar este 42 anos ao lado deles. E na minha mãe. A minha mãe guerreira que nunca desistiu, que sempre me deu força, quando a ela já poucas restavam. E nos meus filhos, a quem quero continuar a transmitir todos os valores que eles me transmitiram. E para isso, ainda preciso de andar cá mais uns anitos.
(ponho entre aspas porque a verdadeira depressão é uma coisa muito séria e não quero brincar com isso), as más notícias que vão surgindo sobre os nossos dinheiros (nossos?) são dadas em dias chuvosos como estes. Será que o S.Pedro também é funcionário público?
Faz-se doce de abóbora com canela e nozes. O marido abriu a abóbora, eles (os mais pequenos) ajudaram a partir as nozes e eu fiz o resto. E que bom que ficou! Vi a receita aqui a semana passada e como tenho duas abóboras na despensa, olha... não fomos de modas!
Como o pessoal lá de casa aprovou, começo a desconfiar que já sei o que vão ser as prendas de Natal. Nos últimos anos, as minhas prendas têm sido coisas feitas por mim: há dois anos, fiz bijuteria, o ano passado foram cachecóis (que fizeram sucesso, por sinal), este ano, acho que vou pelo doce caseiro. Ainda me sobrou uma abóbora e sempre é uma maneira de poupar nestes tempos de crise.
Aviso já que eu não sou daquelas pessoas que dizem "Ah! Esse programa. Não vi nem vou ver, que porcaria, isso são programas para gente burra e eu sou tão inteligente..." (se calha estar a falar-se do programa, até sabem os pormenores todos, mas isso não interessa nada). Não senhor. Eu vejo, digo que vejo e vou continuar a ver. Porque enquanto vejo descontraio, não penso no que não devo pensar, e divirto-me. E porque sou "povo". Povo português. E povo português que é povo português gosta de espreitar as vidas alheias. Ah pois gosta!
Bom, já disse que vou ver. Agora falemos do que eu acho do programa em si. O que eu acho é que aquilo está mais giro que o Big Brother. Aquela coisa dos segredos, das missões secretas e afins vai dar movimento ao programa. O que eu me ri com os gémeos e com a roupinha que aquele menino armado em Bublé vai ter que vesti nos próximos dias...E os segredos... aquilo é só gente jeitosa. A Júlia Pinheiro está no registo de sempre, que acho que é o mais indicado para este programa. O Pedro Granger... eu nunca lhe achei muita piada, mas confesso que ontem até teve alguma.
A ver vamos. São três meses. Para já promete. Se me fartar, deixo de ver. Se não... vou ver até ao fim. E comentar de vez em quando.
Atendendo à vida que tenho, preciso de arranjar maneira de ao fim do dia, quando todos já descansam, de afastar as más vibrações, de acalmar, de descontrair, para dormir tranquilamente. E assim, refugio-me nos "trabalhos manuais" para o fazer.
Então, na última semana os meus filhos têm sido os beneficiários:
para o mais velho, um cachecol que tinha iniciado no Inverno passado e que, sem qualquer razão, tinha ficado parado no primeiro terço;
para a mais nova, um quadro da Hello Kitty, em ponto cruz, para pendurar no quarto dela;
para o do meio, está em fase de produção um cachecol e um gorro para usar nos dias mais frios que se avizinham.
Este. Porque ando agastada com esta situação. Porque ando completamente irada com estes políticos que falam de cima do pedestal, sem saberem realmente o que é "sofrer as crises" com o povo as sofre.
"Deixa lá, isto já não é novidade para ti. Lembras-te quando o pai morreu, ficamos a três sem ajudas, apenas com uma pensão de 18.500$00 para o mês inteiro? Para comida, água, luz, gaz, roupas, escola e demais despesas correntes? A mãe conseguiu ou não andar para a frente, mesmo semi pararalizada do braço direito, educando-nos, alimentando-nos, nunca desistindo? Se vires bem, a situação ainda era pior (tu não está sozinha, tens marido) e sobreviveste. Com a cabeça erguida. Foi assim que a mãe te ensinou . Desde que não falte comida, roupa e escola aos teus filhos, tudo se ultrapassa."
Pois. Mas também penso "eu só queria que os meus filhos não tivessem que passar o que eu e a minha irmã passamos. Por mim e pelo meu marido, dou de barato. Mas pelos meus filhos, custa-me. Custa-me muito."
o meu filho do meio deu um pulo do Outono passado para este que as calças passaram a calçõés.
De um Verão para o outro, os calções mais compridos ainda passam a calções um bocado mais curtos, mas de um Outono para o ourto, a fórmula já não pode ser a mesma...
Sempre fui dorminhoca. Sempre gostei de dormir. O meu organismo precisa de descansar bastante para estar em forma. Ora necessitando eu de bastantes horas de sono, porque raio me havia de sair uma família de madrugadores? Desde o mais velho (marido) até ao mais novo (a piolha), todos gostam de dormir pouco e todos têm uma energia fora de comum...
- Estou cansada. Cansada de não ter férias para descansar a sério aí há uns 5 anos, cansada física e mentalmente, cansada. Como somos dois trabalhadores da classe média lá em casa, nem sequer há dinheiro para escapadinhas a dois de vez em quando (e onde ficariam os três pestes?).
- Há quem diga que se tivesse oportunidade de regressar ao passado, faria tudo igual. Eu, não faria tudo mas faria quase tudo diferente. Arrependo-me de muitos passos que dei e que não daria se voltasse atrás.
- Tenho de ser mais paciente com os meus filhos. Talvez consequência da primeira afirmação, expludo ao primeiro toque e eles não têm culpa.
- O tempo passa demasiado depressa para o conseguir aproveitar. Isto de trabalhar desde os 16 anos e ver que ainda tenho que trabalhar (pelo menos) mais 17 anos até poder finalmente usar o tempo com realmente o gosto de usar é dose. Isto se não me der alguma coisinha má entretanto...
- O espectáculo que os nossos políticos têm dado nos últimos dias (meses) é tão, mas tão triste, que só me faz pensar para que existe esta classe se não para nos andar a gozar à grande e à francesa. E por causa deles, hoje em dia, quem ganha apenas para viver o dia-a-dia (e já não falo daqueles que nem têm para o dia-a-dia), anda com o coração nas mãos sem saber o que irá acontecer no dia seguinte, esperando sempre que mais qualquer coisa aumente (tudo menos os ordenados). É poupar no que já poupávamos, é dizer aos nossos filhos que não podem ter aquilo a que têm direito porque não há. É trabalhar para o bem-estar desses senhores em vez do nosso. Sim, porque eles, eles podem dar-se ao luxo de passar os dias a mandar bocas uns aos outros, porque como são eles que mandam, o seu bem-estar e as suas regalias estão sempre asseguradas. É como diz o outro "quem se lixa é o mexilhão..."
Uma estação que, juntamente com a Primavera, representa para mim, a mudança. Do calor para o frio. Das férias para trabalho. Das decisões que têm que ser tomadas.
É a estação do meu aniversário. Venham as primeiras chuvas, as primeiras folhas caídas no chão, as castanhas assadas, os casacos aconchegantes, os chás quentinhos.
Eu sei que isto não agrada a quem gostava que fosse eternamente Verão. Mas eu já gostei mais de extremos. Agora, gosto mais dos meio-termos...
e ao vê-lo encolhido, coisa que nunca aconteceu ao longo destes quase 6 anos de "escola" perguntei-lhe:
- Então filho, estás nervoso com o teu primeiro dia na escola "dos grandes"?
- Não mãe, não estou nada nervoso. Só tenho um bocadinho de frio na barriga...
Eu tinha jurado mim mesma não me meter neste assunto.Porque achei que as discussões que se criaram à volta dele eram completamente idiotas. Mas ao passar pelo post da Daniela, do dia 12 de Setembro, achei que ela dizia tudo o que eu penso.
E pronto. Não volto a tocar nesta questão.
Até porque a blogger em questão não está nem aí para a polémica que criaram à custa dela. Como se pode verificar no seu blog. Eu acho que faria o mesmo.
Falta um mês para eu fazer anos! E calha a um domingo. E calha numa data muito engraçada (afinal nem todos têm o "privilégio" de fazer anos a 10/10/10!).
A minha pequenina mudou de escola. Quer dizer, pertence tudo ao mesmo, mas agora está num edifício diferente, numa sala nova. É tudo novo (excepto uma coleguinha que veio com ela da outra escola). E as férias foram muito pai e muita mãe. E agora, todas as manhãs, é um tormento para conseguir que ela fique na escolinha. Chora como se não houvesse amanhã. Chama por mim. O irmão do meio fica com ela para tentar acalmá-la, mas ela chora na mesma.
Não dramatizo, porque sei que passados 5 minutos, não mais, ela já está entretida nalguma brincadeira. Prova disso é que á tarde, ela nem se lembra de nós... Mas que não gosto de a ouvir chorar, não gosto. Acho que nenhuma mãe gosta.
as pessoas (especialmente mulheres e ainda mais especialmente mulheres sem filhos), criticarem os comportamento das crianças e dos seus pais, principalmenteno que toca a birras. "Ah, se fosse meu filho, fazia...", "filho meu não fazia isto...", "uma palmada não lhe fazia mal nenhum e o problema resolvia-se logo."
Diverte-me. A sério, divirto-me à brava a ler esse comentários. É que eu também já fui assim. E agora, com 3 filhos, todos diferentes uns dos outros (mas educados pelas mesmas pessoas e da mesma maneira), posso dizer que tudo o que critiquei, caiu-me em cima. E que é melhor manter-me caladinha, porque a teoria é muito gira, mas só a prática é que vale.
Portanto, minhas amigas, o meu conselho vem na forma de provérbio: "não cuspas para o alto, que te pode cair em cima". Ah pois é...
O meu filho do meio vai-se estrear nas lides escolares "a sério" na segunda-feira. Sexta-feira vamos conhecer a sua professora, que o acompanhará nesta nova viagem. Terá que ser uma pessoa que o cative e que o consiga manter interessado, caso contrário, atendendo à sua dificuldade em concentrar-se, não vejo grande coisa...
Uma coisa é certa: vontade de aprender não lhe falta. E nós também estamos cá para o ajudar. Aprender é tão bom.
Por mais cansativas que tenham sido. Este ano acho que estavamos virados para os animais. Visitamos o Zoo de Lagos, "pequenino mas jeitosinho" e o Badoca Park. Os miúdos deliraram. Já os adultos (mais propriamente aqui a "je") perderam-se mais na Loja da Fábrica da Bordalo Pinheiro, nas Caldas. Ai, ai... trazia metade da loja se pudesse (metade, porque a parte dos animais e das frutas e dos Zé Povinho não é do que mais gosto, mas a loiça, ai a loiça..).
Sim porque o ano começa depois das férias "grandes".
Em perspectiva, um bom início. A meio da semana, para não custar tanto, os colegas de sempre, o trabalho de sempre, a rotina de sempre. Apesar de tudo, posso dar-me por contente por ter trabalho no regresso da férias. Quantos foram e voltaram encontrando a porta fechada para não mais abrir?
No fundo, no fundo, sou uma queixinhas. E tenho tanto para agradecer.
Férias = ... cansaço. Um adolescente mal-disposto, um miúdo de 6 anos hiperactivo e uma mocinha de 3 anos birrenta dão muuuuuito trabalho e pouco descanso. Para ajudar, enfiei a porta do carro para dentro, mesmo no finzinho das férias. Venho mais morta que viva. E agora, é voltar à rotina dos outros dias e tentar descansar nos intervalos.
Ponto positivo? Só vou trabalhar na quarta feira e os miúdos e o marido estão na escola e no trabalho. Dois dias só para mim. Vá lá, vá lá.
Um ano. É sempre bom ver passar os dias, os meses, os anos. É sinal que estamos vivos e dispostos a conquistar novos objectivos. Não sei quanto tempo durarás, mas sei que por mim durarás muitos e muitos anos. Esse é o objectivo. Pois sem ti acho que os dias seriam menos fáceis de passar. A quem é que eu me iria queixar? Com quem é que eu iria desabafar? Sabes como sou, sabes que não me abro a qualquer pessoa e é por isso que tu existes. Portanto:
Aqui há tempos vi o programa da Oprah em que ela mostrava as consequências da utilização dos telemóveis enquanto se conduz. Foi um programa assustador. Eu já não tinha o hábito de atender/fazer chamadas enquanto conduzo, mas, uma vez ou outra atendia. Desde esse dia que passei a adoptar o sistema de colocar o telemóvel na mala e pô-la no banco de trás, num sítio onde não posso chegar. No meu carro, ninguém conduz e fala ao telefone ao mesmo tempo. SMS idem, idem, aspas, aspas.
Por isso o meu carro é uma "no phone zone". Para meu bem. Para bem dos meus. Para bem dos outros.
a vós, soldados da paz, verdadeiros heróis, que nos protegem todos os dias, sem qualquer hesitação. Muitas vezes esquecidos, muitas vezes desvalorizados.
o meu livro de receitas enviado pela Maria! Espero começar a experimentá-lo já estas férias.
A Maria tem um projecto fantástico que divulgo com muito gosto, pois "o sonho comanda a vida", e ela vai conseguir concretizá-lo com a ajuda de todos nós.
... bolas de berlim. É uma das poucas imagens que consigo lembrar-me de miúda. Acabada de sair da água, com os dedos das mãos completamente engelhados de estar tanto tempo "de molho", enrolada na toalha, sentada à beira-mar, a comer a bela da bola de berlim, toda lambuzada de açúcar. Com creme. Sempre com muito creme.
não tem como público alvo pessoas com menos posses. Eu sei disso. Mas nos tempos que correm, acho chocante que se publiquem artigos como este, como se este fosse o País das Maravilhas.
e diz a toda a gente que quer ser bombeira, quando for grande. "Para ajudar as pessoas e tirar os gatos das árvores".
Quando vemos na televisão reportagens sobre os incêndios, ela pergunta porque estão as pessoas a chorar e ao explicar-lhe que é por causa do fogo que destruiu as casas dessas pessoas, ela fica sentida e é nessa altura que volta a dizer que quer ser bombeira.
Como já disse, a minha filha tem três anos. Mas já mostra o coração grande que tem.
Já o irmão do meio diz que quer ser jogador de futebol do Benfica...
Lá em casa tenta-se que seja como era connosco. Afinal, a infância é para ser vivida no tempo dela e não como se vê agora, adolescentes que querem ser adultos, comportando-se como tal e depois, quando lá chegam, é que resolvem ser as crianças que não tiveram tempo de ser...
que tanta gente debate hoje em dia. Uns porque consideram que encontraram essa felicidade; outros porque não a encontraram e acham que os outros não têm direito a encontrá-la e que é tudo falsidade, que é à custa da infelicidade que se cresce para a vida (li algures isso...); outros porque acham que a felicidade não é um estado permanente e que é feita de momentos.
Eu, como já escrevi em post anteriores, "encaixo-me" no último grupo. Não porque não acredite que as outras pessoas não possam viver permanentemente felizes, mas sim porque faz parte de mim estas mudanças de estado de espírito. E assim, vou encontrando a felicidade nos pequenos gestos, em momentos do dia-a-dia.
Porque surgiu este post? Porque estava a recordar o dia de ontem e um dos momentos em que vivi essa felicidade foi quando, sentada num banco de jardim, descansava depois de um dia extenuante, vendo os meus filhos a brincarem no parque infantil. Aqueles minutos tranquilos fizeram o meu dia melhor. E naquele momento fui feliz.
Para mim, a noção de felicidade depende de quem a sente. E é por isso que não acho que se deve criticar os outros só porque acham que são felizes. Assim como não acho que devemos impôr que os outros se sintam felizes, só porque nós o somos. Daí o título do meu blog...
"sogrinho" e "sogrinha". Por muito que gostasse dos meus (quando era casada), ou por muito que goste da minha (que oficialmente não o é, mas é-o na mesma), era incapaz de falar deles ou com eles usando estas duas palavras.
Sim, estou com mau feitio. É a falta de férias e o cansaço associado.
Algumas coisas que se escrevem por essa blogosfera fora. A necessidade que alguns têm de demonstrar que são os melhores, que os outros têm que é que aceitar que as suas ideias e que as sua maneira de sentir é que é a correcta. Que a solidariedade tem que ser alardeada aos sete ventos, para os outros saberem o quão generosos são.
O meu filho do meio faz hoje 6 anos. E eu, por mais que queira escrever, estou sem palavras. Sem palavras para descrever estes 6 anos alucinantes. Estes 6 anos de um rapazinho cheio de vida ( e tanta vida!), cheio de sorrisos, cheio carinho. E hoje... hoje ele passa de menino pequenino para rapazinho crescido. Ainda ontem ele entrava para o berçário, com 5 meses, e hoje... hoje já vai para a escola primária, como ele gosta de dizer cheio de orgulho.
Dos três, é o mais traquinas. Dos três, é o que dá mais "trabalho físico". Mas dos três, neste momento (porque o mais velho está numa de adolescente desprendido de carinhos), é o mais carinhoso.
a 23 dias do início delas, já só penso mesmo é nas férias. E com elas vêm as leituras que tento fazer. Ora, como sou uma optimista, já escolhi três (dos muitos que tenho a aguardar) livros. Ou seja, um por semana (yeah, right!). Ei-los-: